Notei que em dez minutos todos os moradores da casa sairão pra rua, menos eu. Eu fico aqui sozinha sozinha nesse inverno de Rio de Janeiro, muito muito carente. Me sinto muito solitária quando não há ninguém na casa. Normalmente eu durmo, mas quando estou acordada e não há ninguém em casa fico desolada, frustada e tudo mais. Eu entendo que tenha que ser assim. O pessoal tem que ir pra rua trabalhar, passear, se divertir... Mas é complicado ficar só. Sou muito mimada, ganho muito carinho. Faz falta quando tudo isso cessa.
A Silvia, mãe de todos, sempre antes de sair, já culpada pois vai me deixar, despeja um pouco da ração especial no meu potinho de comida. Essa ração não é sempre que tem pra mim, não. É uma delícia!!! Eu me esqueço de tudo o que tem em minha volta e me dedico somente a comer. Ela é vendida em diferentes sabores: carne, frango, pato, peixe... Eu gosto de todos. Tem uma consistência insuperável!!!
E em pouco tempo todos estarão fora de casa. Fiquei ouvindo eles falarem no telefone. Silvia vai numa festa com sua amiga Maria, que sempre aparece aqui em casa. Ela tem um filho e uma filha, crianças, que ficam correndo atrás de mim. Fico desesperada. Henrique e Botika vão ver uma ópera dirigida pelo Caíque, pai deles. Chique, não?
Espero que se lembrem de botar a ração especial...
Miau
domingo, 21 de junho de 2009
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